4ª semana (03/06/2014 a 09/06/2014)
Prezados professores,
Nesta semana, pensaremos sobre o papel do professor em um modelo de Ensino Híbrido.
A postura do professor em uma aula híbrida não é a mesma que em uma aula tradicional. Já observamos que a questão central nesta proposta é a descentralização do professor no processo ensino-aprendizagem – incentivando e propondo atividades que valorizem as interações interpessoais. Para tanto, alguns papéis, de certa forma enraizados em nossa cultura escolar, precisam ser revistos. Outros papéis, por sua vez, precisam ser mantidos. Essa reflexão é muito importante quando analisamos uma aula híbrida, porque, em alguns momentos, há uma quebra de paradigmas, pessoais e culturais. E esse é o maior desafio!
Para o desafio desta semana, seguem as atividades:
1) Assistir ao Capítulo: “O ato de ensinar em um ambiente de ensino híbrido – repensando o papel do professor” do curso de Ensino Híbrido da Silicon Schools Fund e Instituto Clayton Christensen. Como já foi comentado, a base teórica para pensarmos nossos planejamentos é o curso sobre Ensino Híbrido, disponível na Plataforma da Khan Academy. Lembre-se de acessar a plataforma utilizando o login e senha já informados. Feito o login, acesse a página do curso pelo link https://pt.khanacademy.org/partner-content/ssf-cci, e assista ao terceiro capítulo, que já está todo legendado em Português. Para ajudar nesta tarefa, assista com bastante atenção ao vídeo “Repensando o papel do professor e as mudanças essenciais que ele experimenta.”
Reflita sobre as mudanças essenciais no papel de um professor no Ensino Híbrido:
- Você já percebeu alguma dessas mudanças na sua prática desde que iniciamos o grupo de experimentações? Explique.
- Qual dessas mudanças é, na sua opinião, a mais fácil de ser implementada em uma escola? Por quê?
- Qual dessas mudanças é a mais difícil de ser implementada em uma escola? Por quê?
Pense em dicas e estratégias que você apresentaria para um professor iniciante no modelo de ensino híbrido.
2) Após refletir sobre as mudanças essenciais do papel do professor, escolha uma delas, de preferência aquela que represente um desafio para você, e procure implementá-la em uma aula no modelo híbrido. Verifique que, durante a elaboração da aula, você perceberá que outras “mudanças” podem acontecer, mas seu foco para a análise será aquela mudança que é mais desafiadora em sua atuação ou na cultura de sua escola. Se possível utilizar algum dos recursos pesquisados no desafio anterior.
● Produza um depoimento seu, em vídeo de até 3 minutos, sobre essa aula: Como foi sua aula (breve descrição)? Qual mudança de papel você exercitou? O que funcionou? O que não funcionou? Qual foi o maior desafio? Se necessário, faça outros comentários por escrito no arquivo Desafio4_entrega. O vídeo https://www.youtube.com/watch?v=Egdm1CqkXu8 apresenta um depoimento de uma professora sobre mudanças realizadas em sua rotina de trabalho e pode ser inspirador para que você elabore seu vídeo.
Tarefa: Até o dia 09/06 às 23:55h:
✓ Enviar pelo Edmodo o arquivo Desafio4_Entrega disponível no Folder.
3) Marcar o bate-papo com seu tutor!
Nesta semana, será discutido o desafio entregue na semana anterior. Se possível, tente marcar a conversa antes de aplicar sua aula para discutir esses desafios com seu tutor.
4) Discussões no fórum
Nesta semana, não será solicitada a postagem e a discussão do plano de aula no fórum, o que não impede que você faça algum comentário no subgrupo Desafio 4, onde acontecerão as postagens. A discussão no fórum estará relacionada às sugestões para a mudança de postura de um professor. Para isso:
✓ Faça a postagem de seu depoimento e da tabela de dicas e estratégias.
✓ Procure interagir com os outros professores, sugerindo ou ampliando discussões sobre essas questões: o que o professor deve deixar para trás em um modelo de ensino híbrido? O que ele deve manter?
Sua participação é essencial! Bom trabalho!
https://www.youtube.com/watch?v=W1FsawDO41g
O papel do professor em um modelo de Ensino Híbrido
Proposta:
Reflita
sobre as mudanças essenciais no papel de um professor no Ensino Híbrido e
responda:
- Você já percebeu alguma dessas mudanças na sua
prática desde que iniciamos o grupo de experimentações? Explique.
Sim, bastante coisa já modificou na minha prática.
Mudar de Orador para
facilitador – já fiz essa mudança nas aulas de ensino híbrido, deixando o
aluno com mais autonomia para resolver as questões apresentadas e dar o seu
parecer sobre algum conteúdo.
Estruturas de Grupos
Fixos para estratégias mais dinâmicas de Agrupamento
Essa modificação também foi trabalhada e alcançada com
louvor, conseguimos reestruturar os grupos, fazendo modificações a cada aula,
mudando alunos de tempos em tempos de grupos notamos que os alunos ficam mais
seguros para expor dúvidas e até mesmo para expor conhecimentos sobre
determinado tema.
Deixar de ser quem
explica todos os conceitos para apenas intervir no momento certo, conforme
necessário.
Também me policiei para notar essa mudança dentro das minhas
aulas usando ensino híbrido. Para tanto me envolvi em conhecer mais as
habilidades dos alunos através da busca pelos conteúdos e construção
independente de seus conhecimentos.
Deixar de focar no
conteúdo apenas, para concentrar-se em conteúdo, habilidades e até mesmo na
postura dos alunos.
Essa mudança é um pouco mais complexa, porque além do
conteúdo devo me concentrar nas habilidades e na postura dos alunos, é claro
que já observamos algumas mudanças no comportamento do professor quanto a isso
mas ainda é necessário ter um maior envolvimento com os alunos, na questão de
observação e liberdade para que os alunos tenham uma rotina com
responsabilidades.
A rigidez do professor deve dar espaço à liberdade do aluno
sem perder no entanto o pulso para que a postura do aluno não fuja do foco de
buscar aprender em todos os momentos da construção da aprendizagem.
Mudar de generalista
para especialista
Sim também já notei algumas mudanças nas minhas aulas nesse
sentido, porque com mais tempo para me dedicar aos alunos, percebo que preparo
estratégias de acordo com o que mais gosto, com o que mais tenho facilidade
para ensinar.
- Qual dessas mudanças é, na sua opinião, a mais
fácil de ser implementada em uma escola? Por quê?
Acho que a mudança mais fácil é a de deixar
de ser quem explica todos os conceitos para apenas intervir no momento certo,
conforme necessário. Porque tiramos realmente toda a responsabilidade de
ter o total conhecimento sobre um conteúdo e dividimos dessa forma a
responsabilidade com o aluno de modo que ele também busque conteúdos para
concretizar seu aprendizado de maneira personalizada. O aluno passa a ser
responsável por também buscar construir esse conhecimento e deixa de ser um
mero ouvinte. Ele é parte ativa dessa construção, quanto mais ele busca, mais
ele aprende.
- Qual dessas mudanças é a mais difícil de ser
implementada em uma escola? Por quê?
A mais difícil Deixar
de focar no conteúdo apenas, para concentrar-se em conteúdo, habilidades e até
mesmo na postura dos alunos.
Primeiramente queria ressaltar a falta de plataformas e
softwares que poderiam nos auxiliar diretamente no avanço individual da
construção de conhecimento dos alunos. Hoje na escola que trabalho somente a
Khan Academy é que permite que eu veja em tempo real como e quando meu aluno
avança, acho que se tivéssemos mais plataformas com o mesmo objetivo tudo
ficaria mais tranquilo de ser observado e, portanto eu teria mais tempo para me
envolver com os alunos de forma personalizada.
O resultado trazido por plataformas como a Khan Academy é
observado instantaneamente, permitindo que eu interfira na construção de
conhecimento do meu aluno no momento certo e com objetivos precisos.
Pense em dicas
e estratégias que você apresentaria para um professor iniciante no modelo de
ensino híbrido e complete o quadro.
Parte teórica
Responda:
1) Todas as dicas apresentadas no vídeo podem ser
incorporadas em sua prática? Justifique sua resposta.
Sim, analisando
o vídeo, acredito que todas as dicas apresentadas pode sim ser incorporadas em
nossa prática, algumas delas já conseguimos utiliza-las em nossas aulas
experimentais de ensino Híbrido.
Tenho aprendido
bastante com o estudo sobre Ensino Híbrido e acredito já estar colocando em
prática algumas dessas dicas, como por exemplo:
- Estratégias
para conseguir a atenção dos alunos, ou seja, tem se tornado bastante comum e
importante os combinados para obtermos a atenção dos alunos, para iniciarmos e
terminarmos a aula com algumas regras a serem seguidas.
É o chamado
sinal de atenção, que o Greg. Klein relata no vídeo.
- Os
procedimentos de entrada e saída dos laboratórios também são feitos a partir de
combinados para que a aula comece de uma maneira tranquila afim de realizar
todas as atividades de forma positiva e que a saída dos laboratórios também não
cause transtorno e deixem a sala preparada como eles a encontraram.
Os alunos já
estão formando uma visão sobre o ensino híbrido e sabem que ao entrarem nos
laboratórios deveram criar, construir um conhecimento à partir da sua própria
atuação.
- Controlando
as transições – isso também tenho percebido nas minhas aulas em que me proponho
a utilizar as aulas no laboratório de acordo com o curriculum que estamos
seguindo nas aulas tradicionais, pra que o conteúdo seja sempre numa sequencia.
Algumas
estratégias ainda precisam ser bastante trabalhadas para que eu e meus alunos
as utilizemos da melhor forma, por exemplo:
- Pedindo
ajuda, ainda é uma estratégia que temos que trabalhar bastante com nossos
alunos, pois eles também praticam muito o que o Alex Hernandez falou no vídeo,
efeito pingue-pongue. Como ainda são bastante imaturos eles ficam ansiosos e
desesperados diante de um problema que terão que resolver e de preferência que
saibam resolver sozinhos, apenas com o meu auxilio.
É uma questão
de cultura e de organização, onde deveremos mostrar aos alunos onde procurar as
respostas, onde procurar ajuda antes de levantarem a mão e esperarem por mim.
Como vimos
também no vídeo e eu achei uma parte bem interessante, onde o Greg Klein fala
que todas as crianças precisam de ajuda porém é necessário que tenham muita
experiência em trabalhar e tentar ajudar uns aos outros e serem as mais
independentes possíveis.
Acho portanto
que os alunos precisam adquirir essa independência em buscar resolver seus
próprios problemas e só então pedir ajuda.
Como disse Joe
Bielecki e que eu concordo também é que “um dos maiores desafios ao trabalhar
com as crianças, quando elas chegam é que estão acostumadas a erguer a mão e o
professor responder à pergunta, aprendendo por eles”, é o que sentimos portanto
com as crianças elas são completamente dependentes no aprendizado e portanto
não avançam sozinhas... isso é preciso ser trabalhado.
- Colocar
sistemas em funcionamento, outra estratégia que eu ainda tenho que aprender e
colocar em prática mais vezes. É certo que pequenos sistemas como entrar no
laboratório por exemplo seja mais fácil de se obter, mas outros sistemas mais
complexos como organizar as estações e tempos, isso ainda há uma necessidade de
aprofundamento.
- Avaliar o
aprendizado do aluno
Essa estratégia
embora eu já utilize acredito que poderia ser melhor implementada as aulas
utilizando Ensino Híbrido. Como eu sempre menciono nas minhas respostas,
plataformas adaptativas é o melhor recurso para aulas de ensino Híbrido pois
temos relatórios diários do avanço das crianças individualmente e de fácil
visualização, tanto para os alunos, pais e professores.
Claro que temos
também alguns dados avaliativos em outros formas de ensino, mas se tivéssemos
mais plataformas como a Khan Academy para outras áreas do conhecimento seria
perfeito para a construção do conhecimento de forma personalizada.
2)
De acordo com o texto sugerido e com sua
experiência em educação, é possível pensar em Personalização em um modelo de
Ensino Híbrido aplicado à realidade brasileira? Se você acha possível, explique
como podemos alcançar esse objetivo. Se não acha possível, explique o motivo.
Sim é possível sim pensar em
Personalização e um modelo de Ensino Híbrido a ser aplicado na realidade
Brasileira. Como toda mudança e quebra de paradigmas, será sim um grande
desafio para todos envolvidos na educação Brasileira. É necessário para isso um
comprometimento e desprendimento por parte do professor, que será uma das
partes fundamentais para que essa nova maneira de se pensar em educação chegue
a acontecer de forma a atingir a todos os sistemas de ensino de nosso país.
Em se
pensando em quanto a tecnologia vem atingindo as crianças e jovens, faz-se
necessário que também a Educação esteja pronta para um ensino personalizado,
visto que algumas crianças já adquiriram o habito de aprenderem sozinhas e com
isso avançam muito mais na escola, enquanto que os outros ficam esperando pelos
conhecimentos trazidos e separados pelo professor. Com a Educação Personalizada
avançaríamos muito mais em busca de conhecimentos, pois os alunos estariam
livres para construir o quanto aprender sobre um determinado conteúdo. É claro que pra isso tudo ocorrer, muitas
questões precisam ser repensadas nas escola, como por exemplo uma mudança na
questão do planejamento e curriculum dos professores, na questão da estrutura
de cada escola, é certo que temos escolas que não possuem nada de tecnologia e
nem acesso à internet, e não podemos deixar de pensar no aluno que para uma
educação personalizada com êxito, precisa ser “educado” culturalmente para essa
busca e construção do aprendizado.
Outra
questão importantíssima para que essa personalização aconteça de fato é
investir no professor, proporcionar cursos de formação continuada e
disponibilizar ferramentas para que o mesmo oriente de forma significativa seus
alunos.
Por fim acredito que sim é possível
personalizar a educação no Brasil, pois como tenho aprendido ao longo dos
cursos e nas minhas observações com os alunos, cada um aprende de uma forma
mesmo, num tempo e buscando um método que mais lhe agrade ou lhe interesse,
desta forma o ensino personalizado, permite ao professor acompanhar cada aluno
individualmente e observar o ritmo com que cada um aprende.
Parte prática
Você está
analisando os dados de qual colega?
Verônica
Martins Cannatá
Por que fez
essa opção?
Porque ela
trabalha num Colégio Particular e eu numa escola Pública de uma pequena cidade
do Estado de São Paulo, com a finalidade de analisar todas as questões do
ensino híbrido em diferentes realidades escolar.
Observe os
dados coletados por seu colega e responda.
1.
Que aspecto mais chamou sua atenção nos dados
coletados? Por quê?
O que mais me chamou a atenção foi sobre o
desempenho dos alunos na questão “Autonomia”. Achei bem positivo isso, visto
que a turma é bem numerosa em comparação com a turma que eu trabalho aqui, pois
ainda com bastante alunos, muitos deles receberam 5 em autonomia, isso me
chamou muito a atenção, pois aqui temos algumas dificuldades sobre isso, pois
os alunos não estão acostumados com a liberdade na busca pelos conteúdos e
construção do conhecimento.
2.
A organização dos dados permite identificar
habilidades e/ou necessidades dos alunos envolvidos? Justifique.
A organização me permitiu identificar
habilidades dos alunos envolvidos. Pois tanto nos dados, como nas fotos e
vídeos, percebe-se os alunos de forma autônoma mesmo na busca pelo conhecimento
e desse modo visualizamos também a personalização, educação para o domínio do
conhecimento e na questão do relacionamento foi o que de fato nos mostrou
também as imagens, que nem todos os alunos tem muita facilidade no
relacionamento entre eles. Vimos sim uma interação entre os pares, mas de forma
tímida entre os demais.
Depois de conversar com meu tutor,
analisando novamente a pergunta e colocando-a diretamente para mim sem levar em
conta a análise do professor da Sala, chego a conclusão de que a minha resposta
muda significativamente e que de fato a organização dos dados NÃO permite que
eu consiga identificar as habilidades e ou as necessidades dos alunos
envolvidos, visto que, estando de fora, sem conhecer os alunos, sem estar
presente no dia a dia dos mesmo e sem conhecer a sua realidade, torna essa
experiência impossível.
3.
Os dados coletados possibilitam refletir sobre
aspectos importantes para a personalização do ensino? Justifique.
Sim. Visto que mesmo com a
maioria dos alunos tendo autonomia alguns outros precisavam de mais atenção.
Alunos que não apresentaram facilidade no relacionamento com o professor também
pode ser observado e analisado se o produto final que seria a chamada na rádio
teve relevância e desse modo também poder intervir no momento do produto final,
afim de criar essa ponte, de apontar melhorias tanto no texto como na oralidade
de cada aluno.
O Felipe F e a Maria Clara
são alunos que apresentam bastante problema tanto de autonomia como nos outros
aspectos de personalização e na questão do relacionamento a Maria Clara talvez
porque faltou em uma das aulas e não tinha domínio do conteúdo.
4.
Observe a tabela que mostra os 3 estágios de
personalização, segundo Bray e McClaskey (2013). Os dados coletados por seu
colega possibilitam estabelecer alguma relação com esses estágios? Explique.
Sim, cada dupla tinha que
elaborar uma um texto esportivo para posteriormente ser gravado na Radio da
Escola sobre uma Seleção da Copa. Trabalharam no modelo estação por rotação e
na segunda aula Laboratório Rotacional, onde os alunos tinham a instrução para
a construção do texto, mas que poderia ser elaborado de acordo com a forma de
pesquisa que julgasse mais adequada, nesse caso os alunos trabalharam
individualmente e na sequencia debatiam com seus pares, que foram sorteados, e
em seguida elaboravam um texto que seriam digitados no editor de texto como
critério de avaliação também e que posteriormente seriam gravados numa outra
estação.
Observei que ao longo das duas aulas os alunos
conseguiram percorrer os três estágios para personalização: Individualização,
Diferenciação e Personalização.
5.
Elabore algumas sugestões para que seja
possível, no próximo bloco de atividades, nos aproximarmos do primeiro estágio
de personalização.
A minha sugestão é que seja
incorporado na cultura do aluno a questão da autonomia, ou seja, o aluno tem
que ser autônomo na busca pelo conhecimento e não ter medo de procurar,
pesquisar, buscar, debater com os colegas e etc.
O aluno precisa ter mais
essa prática na busca do conhecimento, pois eles ficam ansiosos, confusos,
desesperados diante de um problema e acabam ficando parados sem tomar a
iniciativa de buscarem as soluções.
Então que os alunos
aprendam todos os dias serem autônomos na busca por conhecimento, quer seja, em
casa, na biblioteca, na sala de aula, nos livros, no laboratório, na internet e
etc.
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